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sexta-feira, 1 de setembro de 2017

SÉRIE 1 PEDRO: 8 – O RELACIONAMENTO SAUDÁVEL ENTRE MARIDO E MULHER


8 – O RELACIONAMENTO SAUDÁVEL ENTRE MARIDO E MULHER
(19-04-2017)

Introdução: Pedro já nos ensinou verdades preciosas sobre o nosso comportamento como cidadãos, obedecendo as leis e as autoridades constituídas e também nosso papel como servos de trabalhar para os outros como se fosse para o Senhor. O ensino do apóstolo agora é para a esfera do relacionamento íntimo do casal. 
  • A FAMÍLIA PRECISA SER DEFENDIDA
  • A FAMÍLIA ESTÁ NO CENTRO DOS INTERESSES DE DEUS, E TAMBÉM DO MALIGNO
  • RESGATE DA DIGNIDADE DA MULHER: Pedro começa com as mulheres e dedica a maior parte do tempo a elas. Isso porque as mulheres enfrentavam mais dificuldades culturais que os homens, especialmente em casamentos mistos. A cultura prevalente (judaica, grega e romana) dava aos homens todos os privilégios e às mulheres todos os deveres. A fé crista, entretanto, provocou uma verdadeira revolução nesse particular. A mulher não é uma coisa, mas uma pessoa; não é uma escrava, mas uma princesa livre; não é inferior, mas digna de toda honra.

Texto Bíblico: 1 Pedro 3.1-8
1 Do mesmo modo, mulheres, sujeitem-se a seus maridos, a fim de que, se alguns deles não obedecem à palavra, sejam ganhos sem palavras, pelo procedimento de sua mulher,
2 observando a conduta honesta e respeitosa de vocês.
3 A beleza de vocês não deve estar nos enfeites exteriores, como cabelos trançados e jóias de ouro ou roupas finas.
4 Pelo contrário, esteja no ser interior, que não perece, beleza demonstrada num espírito dócil e tranqüilo, o que é de grande valor para Deus.
5 Pois era assim que também costumavam adornar-se as santas mulheres do passado, que colocavam a sua esperança em Deus. Elas se sujeitavam a seus maridos,
6 como Sara, que obedecia a Abraão e lhe chamava senhor. Dela vocês serão filhas, se praticarem o bem e não derem lugar ao medo.
7 Do mesmo modo vocês, maridos, sejam sábios no convívio com suas mulheres e tratem-nas com honra, como parte mais frágil e co-herdeiras do dom da graça da vida, de forma que não sejam interrompidas as suas orações.
8 Quanto ao mais, tenham todos o mesmo modo de pensar, sejam compassivos, amem-se fraternalmente, sejam misericordiosos e humildes.

1 - AS ATITUDES DA MULHER CRISTà

“Do mesmo modo, mulheres, sujeitem-se a seus maridos, a fim de que, se alguns deles não obedecem à palavra, sejam ganhos sem palavras, pelo procedimento de sua mulher, observando a conduta honesta e respeitosa de vocês.” (1 Pedro 3.1,2)
A Palavra de Deus normatiza os princípios que devem reger o relacionamento conjugal. Pedro dá diretrizes claras às mulheres cristãs. Destacamos aqui algumas lições.


1º - A SUBMISSÃO DA ESPOSA AO MARIDO É UM MANDAMENTO. “Do mesmo modo, mulheres, sujeitem-se a seus maridos... (3.1a). 

HIERARQUIA: O que Pedro está ensinando não é uma submissão servil, própria de alguém sem caráter, mas um despojamento voluntário do eu. A palavra “submissão” é um termo militar que significa “sob uma hierarquia”. Deus estabeleceu na criação vários níveis de autoridade: Deus é o cabeça de Cristo, Cristo é o cabeça de todo homem, e o homem é o cabeça da mulher (1Co 11.3; 1Pe 1.13,14). 

PARCERIA SIM, INFERIORIDADE NÃO: A idéia de submissão não é de inferioridade, competição ou rivalidade, mas de parceria. A mulher foi criada por Deus para ser auxiliadora idônea, ou seja, aquela que olha nos olhos e corresponde ao homem física, emocional e espiritualmente. O homem e a mulher foram feitos pelo Criador à sua imagem e semelhança. Homem e mulher são um em Cristo Jesus (G1 3.28).

COMO AO SENHOR: A submissão da esposa a seu marido é como ao Senhor e por causa do Senhor. Uma vez que a esposa é submissa a Cristo, ela se submete a seu marido. A autoridade do marido sobre a esposa é delegada a ele pelo próprio Deus. Assim, quando uma mulher insurge-se contra a autoridade do seu marido, está opondo-se ao próprio Deus.

Antes de prosseguirmos, precisamos dizer o que SUBMISSÃO NÃO É.

1. SUBMISSÃO NÃO É INFERIORIDADE. O apóstolo Paulo deixa isso claro em 1Coríntios 11.3: Quero, porém, que entendam que o cabeça de todo homem é Cristo, e o cabeça da mulher é o homem, e o cabeça de Cristo é Deus. O Filho tem a mesma substância do Pai. Em nenhum lugar das Escrituras, a Bíblia fala que Jesus Cristo é inferior a Deus Pai. Contudo Cristo submeteu-se ao Pai, sem jamais ser inferior ao Pai. Do mesmo modo, o marido é o cabeça da mulher; e nem por isso a mulher é inferior ao marido.

2. SUBMISSÃO NÃO É SUBSERVIÊNCIA. A submissão da esposa a seu marido não é cega. Tem limites. A esposa não está obrigada a obedecer ao marido quando este se insurge contra os princípios de Deus. O preceito divino é: ... Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens (At 5.29b).

3. SUBMISSÃO NÃO É STATUS DE GÊNERO. Pedro diz que as mulheres devem ser submissas a seu próprio marido, e não a qualquer homem. O gênero feminino não é inferior ao gênero masculino.
Vale a pena ressaltar que esse tem sido um assunto extremamente delicado em nossos dias, por causa de DOIS EXTREMOS.

O PRIMEIRO EXTREMO É O MACHISMO. 

A MULHER NÃO É INFERIOR: Muitos líderes religiosos esforçam-se para reduzir a mulher a uma posição inferior àquela que Deus lhe deu. É importante destacar que a mulher foi criada à imagem e semelhança de Deus tanto quanto o homem (Gn 1.27).

A MULHER POSSUI A MESMA DIGNIDADE em Cristo que o homem, pois em Cristo não pode haver homem nem mulher (Gl 3.28). 

ALGUMAS IGREJAS PROIBEM AS MULHERES ATÉ MESMO DE ORAREM EM
PÚBLICO. Hoje, em nome de Deus, tem-se negado às mulheres o privilégio de orar em público e pregar a Palavra de Deus. Mas o profeta Joel disse que Deus derramaria o seu Espírito sobre toda a carne e, nesse tempo, os filhos e as filhas profetizariam (Joel 2.28). No Pentecostes, essa promessa foi cumprida e, todos os 120 discípulos que estavam no cenáculo foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar sobre as grandezas de Deus (At 2.1-4). Entre esses 120 estavam Maria e outras mulheres (At 1.14). Vemos no Novo Testamento que as filhas do diácono Filipe eram profetisas (At 21.8,9) e o dom de profecia é exatamente o dom de anunciar a Palavra de Deus (Rm 12.6; ICo 14.1-3; IPe 4.10,11; 2Tm 3.14-16).
A mesma Bíblia que estabelece a ordenação para os ofícios sagrados apenas para os homens também concede às mulheres o privilégio de pregar a Palavra. A história do cristianismo está repleta de relatos vívidos de santas mulheres que foram missionárias e contribuíram com o avanço do reino de Deus, colocando seus dons à disposição do Senhor para a edificação da igreja. Não podemos amordaçar as mulheres na igreja de Deus e reduzi-las ao silêncio quando Cristo as libertou e também as enviou ao mundo com a mensagem da reconciliação.
Os defensores dessa posição evocam os textos de 1Coríntios 14.34,35 e 1Timóteo 2.11-15 para fundamentarem seu argumento. O contexto, porém, revela que Paulo está proibindo as mulheres de exercerem autoridade sobre o marido.

O ESPÍRITO SANTO É DADO A TODOS, HOMENS E MULHERES: Não podemos usar esses dois textos para impedir as mulheres de anunciar a Palavra de Deus, contrariando o ensino geral das Escrituras. O profeta Joel deixou claro que as mulheres receberiam o Espírito e profetizariam: E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão...(Joel 2.28a). No cenáculo, homens e mulheres estavam reunidos em oração aguardando a promessa do Pai. Todos estes perseveravam unânimes em oração, com as mulheres, com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele (At 1.14). No dia do Pentecostes, o Espírito Santo foi derramado sobre todos que estavam no cenáculo (homens e mulheres), e todos ficaram cheios do Espírito Santo. Vejamos o relato de Lucas: Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem (At 2.4).
Paulo diz que as mulheres podiam profetizar no culto público: Toda mulher, porém, que ora ou profetiza com a cabeça sem véu desonra a sua própria cabeça, porque é como se a tivesse rapada (ICo 11.5). Em ICoríntios 14.3, o apóstolo define bem o que significa profetizar: “Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando”. Paulo é categórico em assegurar que a profecia era a exposição da Palavra: ...se profecia, seja segundo a proporção da fé (Rm 12.6b). A fé, aqui, é o conteúdo da verdade (Jd 3). Nesse mesma linha, o apóstolo Pedro diz: Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus... (IPe 4.1 la). Para que não fique dúvidas de que a profecia era a pregação da Palavra de Deus, Paulo afirma: Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra (2Tm 3.16,17). As mulheres podiam profetizar, e profetizar é falar da parte de Deus, expondo as eles as Escrituras.

NÃO CONFUNDA SUBMISSÃO COM SUBSERVIÊNCIA.
Há aqueles que, inclusive, defendem que a submissão da esposa ao marido deve ser incondicional, uma vez que é o marido quem deve arcar com as conseqüências dessa obediência cega da esposa. Para dar legitimidade a
seu arrazoado, citam o caso de Abraão que, no Egito, orientou Sara, sua mulher, a mentir, dizendo ser sua irmã e não sua esposa (Gn 12.10-13). Em virtude dessa orientação, Sara foi parar no harém de Faraó (Gn 12.14-18) e tornou-se sua mulher (Gn 12.19). Sara não agiu corretamente quando se tornou cúmplice do erro do seu marido. Deveria ter confrontado Abraão em vez de obedecer cegamente. Tanto Abraão quanto Sara duvidaram da fidelidade de Deus para protegê-los. Preferiram relativizar a ética a confiar em Deus.


NÃO TRANSIGIR COM A VERDADE – NÃO MENTIR: Em momento nenhum, as Escrituras nos ensinam a transigir com a verdade em nome da submissão. A submissão do cidadão ao magistrado, do empregado ao patrão, da esposa ao marido e dos filhos aos pais tem limites. E uma falsa interpretação das Escrituras dizer que a mulher deve sujeitar-se ao marido, mesmo quando ele está errado e mesmo quando exige da esposa aquilo que fere sua consciência iluminada pela verdade de Deus. E um mau uso da Bíblia exigir que a mulher peque contra Deus para se sujeitar a seu marido. O princípio bíblico nesses casos é claro: ... Antes, importa obedecer a Deus que aos homens (At 5.29). E uma distorção da verdade evocar o comportamento infeliz de Abraão e Sara no Egito para justificar a obediência servil da esposa ao marido. Não podemos aceitar essa tendência machista, que distorce a verdade, fere a dignidade da mulher, empalidece o casamento, enfraquece a família e conspira contra a igreja de Deus. Fujamos dos extremos. Eles são uma distorção da verdade e uma caricatura do verdadeiro cristianismo.

O SEGUNDO EXTREMO É O FEMINISMO
FEMINISMO SE ALIMENTA DO LIBERALISMO TEOLÓGICO: O movimento
feminista vem na esteira do liberalismo teológico. 
Se o machismo retira das Escrituras o que Deus concedeu às mulheres, o feminismo acrescenta o que Deus não outorgou às mulheres. 
De acordo com R. C. Sproul, desde que o movimento feminista varreu o Ocidente, o machado tem sido colocado na raiz do significado deste texto. Argumentam que a interpretação tradicional do texto tem sido controlada pelo incurável chauvinismo que controla a mente dos eruditos. O movimento feminista quer libertar esse texto daquilo que chamam de tirania do domínio masculino. 

CULTURA DA ÉPOCA OU DOUTRINA? - Argumentam ainda que tanto o ensino de Paulo (Ef 5.22-24) sobre o casamento como estas palavras de Pedro (3.1-6) refletem apenas a cultura da época e por isso não podem ser aplicadas aos nossos dias.210
Outro texto distorcido pelo movimento feminista é Gálatas 3.28: Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus. Alega-se que as distinções culturais entre homem e mulher, judeu e grego, e escravo e liberto, foram canceladas em Cristo. Consequentemente, não há mais necessidade das mulheres serem submissas a seu próprio marido. Obviamente, Paulo não ensinou isso. Quando Paulo tratou desse assunto em Gálatas 3.28, tinha a redenção em mente. Em termos de redenção, não há nenhuma diferença entre homem e mulher, judeu e grego, escravo e liberto. Todas essas barreiras foram derrubadas ao pé da cruz. Os homens são justificados pela fé assim como as mulheres o são. Os judeus são justificados pela fé somente assim como os gregos o são. Os patrões são justificados pela fé somente assim como os escravos o são. Esse é o claro ensino de Paulo, confirmado por dois mil anos de interpretação bíblica.

FUNCIONALIDADE E NÃO INFERIORIDADE: Deus constituiu o homem como cabeça da mulher (ICo 11.3). Isso não é inferioridade; é apenas funcionalidade, uma vez que também Deus é o cabeça de Cristo e Cristo é coigual, coeterno e consubstanciai com o Pai (Jo 10.30). A esposa deve ser submissa ao marido como a igreja é submissa a Cristo (Ef 5.22-24), e isso não é desonra, pois quanto mais a igreja obedece a Cristo mais gloriosa ela é. 

NÃO É PRIVAÇÃO DE LIBERDADE: A submissão não é privação de liberdade, pois quanto mais a igreja é sujeita a Cristo mais livre ela se sente. O feminismo é uma linha de pensamento que conspira contra o projeto de Deus e quer ser mais sábio que Deus. Pensando estar em favor da mulher, promove sua ruína. 

SEJA FEMININA E NÃO FEMINISTA: FEMINISMO É REBELIÃO CONTRA DEUS: O feminismo fragiliza a mulher, põe a família numa rota de colisão e ainda insurge-se contra Deus.

Continua........................

OUTRAS MENSAGENS DA SÉRIE:

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