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domingo, 9 de julho de 2017

SÉRIE 1 PEDRO: 4 – O CRESCIMENTO ESPIRITUAL DOS SALVOS


4 – O CRESCIMENTO ESPIRITUAL DOS SALVOS 
(15-03-2017)
Introdução: O apóstolo Pedro, após falar sobre o estilo de vida dos salvos, passa a tratar do crescimento espiritual dos que se converteram a Cristo. Por meio da conjunção portanto, o trecho se conecta ao anterior. Apoia-se nele, mas representa nitidamente um novo bloco com outro direcionamento. A salvação será consumada na segunda vinda de Cristo. Nós, que já entramos no reino da graça, aguardarmos com vívida esperança o triunfo do nosso Salvador, quando ele colocará todos os inimigos debaixo dos seus pés e nos levará para seu reino de glória. Pedro elenca no texto os passos necessários para o crescimento espiritual. Vamos examiná-lo a seguir.

Texto Bíblico: 1 Pedro 2.1-8
1. Livrem-se, pois, de toda maldade e de todo engano, hipocrisia, inveja e toda espécie de maledicência.
2. Como crianças recém-nascidas, desejem de coração o leite espiritual puro, para que por meio dele cresçam para a salvação,
3. agora que provaram que o Senhor é bom.
4. À medida que se aproximam dele, a pedra viva — rejeitada pelos homens, mas escolhida por Deus e preciosa para ele —
5. vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma casa espiritual para serem sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo.
6. Pois assim é dito na Escritura: "Eis que ponho em Sião uma pedra angular, escolhida e preciosa, e aquele que nela confia jamais será envergonhado".
7. Portanto, para vocês, os que crêem, esta pedra é preciosa; mas para os que não crêem, "a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular",
8. e, "pedra de tropeço e rocha que faz cair". Os que não crêem tropeçam, porque desobedecem à mensagem; para o que também foram destinados.

1 – LIVRE-SE DO VELHO HOMEM

“Livrem-se, pois, de toda maldade e de todo engano, hipocrisia, inveja e toda espécie de maledicência.” (1Pedro 2.1)
Jesus certa vez ensinou assim: “Digo-lhes a verdade: Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará nele". (Marcos 10.15). Embora devamos ser simples e sinceros de coração como uma criança, não podemos ter atitudes imaturas e pueris próprias de criança.
O crescimento espiritual se dará na medida em que nós rompemos com as práticas pecaminosas da nossa vida antes de conhecermos a Cristo.
Vivíamos uma vida vazia e fútil. Éramos escravos de nossas paixões. Andávamos num caminho de escuridão. Agora somos novas criaturas em Cristo e fomos gerados pela Palavra; não podemos mais continuar andando na prática dos mesmos pecados. Precisamos arrancar da nossa vida esses pecados como se fossem trapos imundos. Todos os cinco pecados alistados apresentam uma relação horizontal, ou seja, têm que ver com nossos relacionamentos interpessoais. Que pecados são esses dos quais precisamos despojar-nos?

1º A MALDADE E O ENGANO: “Livrem-se, pois, de toda maldade e de todo engano,...(2.1). A palavra “toda” é abrangente e não permite exceções. A palavra “despojando-vos”, refere-se ao gesto de tirar uma roupa. O que deve ser deixado de lado é apresentado na forma de um pequeno “catálogo de vícios”. A maldade e o engano não são compatíveis com a vida que temos em Cristo. Esses pecados são como roupas contaminadas e sujas que precisamos remover de nossa vida. A palavra grega “maldade”, é um termo bem amplo e parece abranger “toda a iniquidade do mundo pagão”. Os outros pecados mencionados nesse catálogo de vícios são ilustrações e manifestações dessa maldade. Kistemaker diz que “maldade” é o desejo de causar dor, mal ou sofrimento ao nosso próximo. Já a palavra grega dolos, traduzida por “dolo”, representa aquele espírito traiçoeiro que não hesita em usar meios questionáveis para sobressair-se ou obter vantagens. O dolo assume a aparência de verdade para que o desavisado seja enganado. William Barclay aponta que dolos é mostrar duas caras. E o vício do homem cujos motivos são sempre adulterados, nunca puros. Poderíamos afirmar que maldade é a atitude intencional de fazer o mal contra o próximo, e dolo é a intenção de fazer o mal, ocultando isso nas palavras e nos gestos.

2º HIPOCRISIAS E INVEJAS. ...de hipocrisias e invejas... (2.1). Hipocrisia é fingimento, ou seja, é colocar uma máscara e vestir um capuz para ocultar a verdadeira identidade. E fazer da vida um palco para representar um papel, buscando aplausos. O hipócrita finge ser aquilo que não é. Holmer destaca que existem muitas tentações para a hipocrisia. Há o risco de realizar, por exemplo, o jejum, a oração e as oferendas não por amor a Deus, mas por amor ao ser humano; não de coração, mas para usufruir uma imagem favorável perante as pessoas. A hipocrisia, ainda, pode ser identificada quando um ser humano alimenta secretamente de um pensamento pecaminoso, mas por fora preserva a aparência devota. É por isso que Jesus alertou tão severamente contra a hipocrisia (Lc 12.1)
A palavra grega fthonos, traduzida por “invejas”, descreve o sentimento mesquinho de querer ocupar o lugar do outro. Até no grupo dos apóstolos a inveja subiu a cabeça. Quando Tiago e João levaram seu pedido a Jesus para ocuparem lugar de proeminência no seu reino, os demais ficaram tomados de inveja (Mc 10.41). Até mesmo na última ceia, os discípulos disputaram lugares de honra (Lc 22.24). Enquanto o ego permanecer ativo dentro do coração humano, haverá inveja. Inveja corresponde ao desejo de ser quem o outro é, de ter o que outro tem. A inveja se expressa no desejo de possuir algo que pertence a outro. Uma pessoa invejosa é dominada por uma incurável ingratidão.

3º MALEDICÊNCIAS. ... e de toda sorte de maledicências (2.1). A palavra grega katalalia, traduzida por “maledicência”, significa falar mal, quase sempre como fruto da inveja instalada no coração e normalmente quando a vítima não está presente para se defender. Maledicência traz a ideia de um falatório maldoso a respeito da vida alheia. E fazer da língua uma espada afiada para ferir, um fogo mortífero para destruir e um veneno letal para matar. Maledicência não é apenas sentir e desejar o mal contra o próximo, mas afligi-lo e atormentá-lo com o azorrague da língua. Pedro não instrui os seus leitores a lutarem contra esses males, mas a se livrarem deles. Precisamos livrar-nos deles como nos livramos de uma roupa suja e contaminada.


2 – CRESÇAM BEM NUTRIDOS

“Como crianças recém-nascidas, desejem de coração o leite espiritual puro, para que por meio dele cresçam para a salvação, agora que provaram que o Senhor é bom.” (1Pedro 2.2-3)
Pedro passa daquilo que devemos despojar para o que devemos desejar. O crescimento espiritual decorre do que evitamos e também advém por meio daquilo com que nos alimentamos. Ênio Mueller diz que a ação deve seguir em duas direções: despojar-se do antigo e alimentar-se do novo. O alimento é vital para o crescimento saudável. Tanto a inapetência quanto o alimento tóxico impedem o crescimento. A falta de apetite ou a ingestão de alimento contaminado provocam doenças, e a alimentação insuficiente e inadequada desemboca em raquitismo.
Pedro compara o cristão a um recém-nascido. Assim como um bebê anseia pelo leite materno, o cristão deve desejar ardentemente o genuíno leite espiritual. A palavra grega epippothein significa um desejo intenso, como o da corça que anseia pelas correntes das águas. Para o cristão, estudar a Palavra de Deus não é um trabalho, mas uma delícia, porque ele sabe que ali encontrará o alimento pelo qual sua alma anseia. Um bebê que saboreou o alimento nao deseja parar mais até ficar saciado. O fato de ter degustado reforça seu desejo. A Palavra de Deus é leite, carne, mel e pão. E nosso alimento e por meio dela alcançamos crescimento saudável. Vamos destacar aqui três pontos.

1º O ALIMENTO. “Como crianças recém-nascidas, desejem de coração o leite espiritual puro,... (2.2a). Os bebês recém-nascidos agem como se sua vida dependesse da próxima refeição. Assim também os cristãos devem mostrar sua ânsia pela Palavra de Deus. Devemos ter fome da Palavra e desejá-la ardentemente. Assim como os bebês se alimentam com regularidade, nós também devemos beber regularmente o leite da verdade.
A expressão grega gala logikos, traduzida por “leite espiritual”, tem um rico significado. Logikos é o adjetivo correspondente ao substantivo logos. Segundo William Barclay, há três significados possíveis para logos: 1. E a grande palavra estóica que significa a razão que guia o universo. 2. Quer dizer mente ou razão. 3. Equivale a “palavra”. Pedro acabara de falar sobre Palavra de Deus que vive e permanece para sempre (1.23-25). Por isso, é a Palavra de Deus que Pedro tem em mente aqui ao mencionar o genuíno “leite espiritual”.
Uma criança saudável deseja ardentemente o leite materno. Disso depende sua saúde e seu crescimento.
PURO: Pedro caracteriza o leite de duas maneiras: deve ser racional (genuíno) e não falsificado (não contaminado), como informa a ARC. Denota uma ausência de fraude e engano. É alimento espiritual e não material. A palavra grega usada por Pedro é adolos, ou seja, ausente de dolo, sem a menor mescla de nada que possa ser nocivo. Descreve o cereal que está isento de resíduos. A Palavra de Deus é pura. Não há crescimento espiritual onde a Palavra de Deus é sonegada ao povo. 
"Não há saúde espiritual onde a sã doutrina não está no cardápio diário do povo. Alimentar o povo com a palha das falsas doutrinas em vez de nutri-lo com o trigo da verdade é como dar leite contaminado a um recém-nascido. Mata mais rápido que a fome". A Palavra de Deus tem a vida, dá a vida e sustenta a vida. E preciso ansiar pela Palavra de Deus como recém-nascidos famintos.

2º O PROPÓSITO. ... para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação (2.2b). A Palavra de Deus nos torna sábios para a salvação (2Tm 3.15) e nos dá crescimento para salvação. Nascemos da Palavra e crescemos pela Palavra.

3º A CONSTATAÇÃO. Se é que já tendes a experiência de que o Senhor é bondoso (2.3). Nossa salvação e nosso crescimento espiritual são resultado da bondade de Deus. Ele não apenas nos deu vida, mas cuida de nós, providenciando todas as coisas necessárias para nosso crescimento e amadurecimento na fé. A verdade insofismável da bondade de Deus perpassa todas as Escrituras, e sua prova máxima é Jesus Cristo sendo entregue à morte de cruz pelos nossos pecados.
A palavra grega egeusasthe, “provar”, traz a ideia de provar uma comida. Devemos saborear a bondade de Deus da mesma maneira que desejamos ardentemente o leite genuíno da Palavra. Quem recebeu a nova vida de Deus no renascimento saboreou que o Senhor é bondoso. Na Palavra, degustamos que o Senhor é bondoso e, na Palavra que nos nutre, experimentamos isso constantemente.

3 – A NOSSA POSIÇÃO NO REINO DE DEUS (1 Pedro 2.4-8)
1º JESUS É A PEDRA VIVA: À medida que se aproximam dele, a pedra viva — rejeitada pelos homens, mas escolhida por Deus e preciosa para ele 
Pedro faz uma transição de quem Cristo é para quem nós somos nele. Vejamos a descrição que o apóstolo faz da igreja.

2º  NÓS SOMOS PEDRAS QUE VIVEM. vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas... (2.5a). Se Cristo é a pedra que vive, os que estão nele são como pedras que vivem. Ele, o novo Homem, o novo Adão, transforma em homens novos aqueles que, por fé, se chegam a ele. Cada pessoa que se converte a Cristo e se torna membro da igreja do Deus vivo é uma pedra viva tirada da pedreira da incredulidade e acrescentada ao edifício da igreja. Os cristãos são as pedras que gradativamente compõem a estrutura dessa construção. Jesus está edificando sua igreja. Deus está chamando aqueles que foram comprados com o sangue do Cordeiro e que procedem de toda tribo, raça, língua e nação, para formarem um povo exclusivamente seu, zeloso, de boas obras. William Barclay destaca que “pedras vivas” traz a ideia de que o cristianismo é uma comunidade. O “cristão independente”, que se diz cristão, mas se julga muito superior para pertencer a uma igreja visível estabelecida sobre a terra, em qualquer de suas formas, é uma contradição de termos.

3º NÓS SOMOS CASA ESPIRITUAL. ... vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma casa espiritual... (2.5b). Somos não apenas pedras vivas, mas também casa espiritual, morada de Deus. Somos templo do Espírito, o Santo dos Santos onde a glória de Deus se manifesta. Concordo com Warren Wiersbe quando ele diz que todos os cristãos pertencem a uma só “casa espiritual”. Existe uma unidade no meio do povo de Deus que transcende todos os grupos e congregações locais.

4º  NÓS SOMOS SACERDÓCIO SANTO. ... para serem sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo... (2.5c). Além de pedras vivas e santuário da habitação de Deus, somos sacerdotes santos que oferecem a Deus sacrifícios espirituais. Mueller aponta como significativo o fato de que todos os cristãos fazem parte desse sacerdócio, e não somente um grupo de clérigos institucionalmente ordenados ou alguma casta sacerdotal. Calvino expressa essa verdade com exultaçao: “E uma honra singular o fato de que Deus não apenas nos consagrou como templos para ele, nos quais ele habita e é adorado, mas também nos fez sacerdotes”.
Na antiga dispensação, apenas os sacerdotes podiam oferecer sacrifícios a Deus e apenas o sumo sacerdote podia entrar no Santo dos Santos uma vez ao ano com o sangue da expiação. No entanto, ao morrer na cruz, Jesus ofereceu o sacrifício perfeito. Verteu seu próprio sangue. O véu do santuário foi rasgado de alto a baixo. Agora, somos constituídos sacerdotes e temos livre acesso à presença de Deus. A palavra latina equivalente a sacerdote é pontifix, que significa “construtor de pontes”. Cristo é a ponte que nos reconciliou com Deus e, agora, como sacerdotes, temos livre acesso a Deus.
Não precisamos mais levar ao altar o sangue de animais, pois o Cordeiro imaculado de Deus foi imolado e ofereceu um único, perfeito e irrepetível sacrifício (Hb 9.28). Agora, levamos a Deus sacrifícios espirituais. O que isso significa? Devemos oferecer a ele nosso corpo como sacrifício vivo, santo e agradável (Rm 12.1); o louvor dos nossos lábios (Hb 13.15); as boas obras que realizamos em favor dos outros (Hb 13.16). O dinheiro e outros bens materiais que compartilhamos com outros no serviço de Deus também são sacrifícios espirituais (Fp 4.18). Até mesmo as pessoas que ganhamos para Cristo são sacrifícios para a glória do Senhor (Rm 15.16).
Os sacrifícios precisam ser agradáveis a Deus. A palavra grega euprosdektous, traduzida por “agradáveis” na ARA e “aceitáveis” na NVI, pressupõe haver sacrifícios não aceitáveis a Deus como o sacrifício que Caim (Gn 4.5;Hb 11.4) e aqueles que o povo de Deus lhe ofereceu algumas vezes (Is 1.10-17; Jr 6.20; Os 6.6). A adoração precisa ser verdadeira e sincera.
Pedro ressalta ainda que todos esses sacrifícios espirituais precisam ser oferecidos a Deus por intermédio de Jesus Cristo. Somos aceitos nele e tudo o que fazemos para Deus precisa ser em seu nome e por seu intermédio. Nosso culto só é agradável a Deus quando relacionado com Cristo e por ele mediado (Hb 4.14-16; 5.1-10; 7.20-28; 1jo 2.1).

5º NÓS SOMOS CRENTES EM CRISTO (2.6-8). Assim está escrito:
Pois assim é dito na Escritura: "Eis que ponho em Sião uma pedra angular, escolhida e preciosa, e aquele que nela confia jamais será envergonhado". Portanto, para vocês, os que crêem, esta pedra é preciosa; mas para os que não crêem, "a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular", e, "pedra de tropeço e rocha que faz cair". Os que não crêem tropeçam, porque desobedecem à mensagem; para o que também foram destinados.  (2.6-8).
Pedro volta-se para as Escrituras a fim de contrastar crentes e descrentes (Is 28.16; SI 118.22; Is 8.14; Êx 19.6; Is 53.20,21; Os 1.6,9; 2.3,25). Para os crentes, Cristo é apedra angular, eleita e preciosa, a maior preciosidade. Holmer declara: “Crer nele significa alicerçar-se nele”. Os crentes colocam sua confiança em Cristo, creem nele e, por isso, jamais serão envergonhados. Jesus Cristo, o objeto da nossa fé, honrará nossa dependência dele. Jamais nos decepcionará e jamais permitirá que sejamos envergonhados. No grande dia do julgamento, os crentes sairão vitoriosos rumo à glória eterna. Os descrentes, porém, como construtores loucos que rejeitam a Cristo, a principal pedra, a pedra angular, serão derrotados e envergonhados. Cristo será para eles pedra de tropeço e rocha de ofensa. Os descrentes tropeçam na palavra e continuam irremediavelmente no caminho largo da desobediência. Kistemaker alerta que a pedra causa embaraço, ofensa e dor para aqueles que se recusam a crer. Colocamos nossa fé em Jesus, a pedra fundamental, ou batemos com o nosso pé contra ela.
Pedra de tropeço é aquela que faz o caminhante tropeçar, e rocha de ofensa refere-se especificamente às pedras que se soltam nas montanhas, rolando e caindo sobre os caminhantes. A figura é que Cristo está no caminho de todos. Para uns, torna-se bênção preciosa; para outros, tropeço do qual não mais conseguirão refazer-se. Aquele que poderia ser o Salvador torna-se assim o condenador. Pedro deixa implícito que Deus destinou o povo desobediente à destruição eterna. As Escrituras ensinam que Deus escolhe e salva os homens (Rm 9.15,16). No entanto, o Senhor responsabiliza os descrentes por aquilo que eles fazem e o Senhor assegura que, por causa da incredulidade, eles estão destinados à perdição.


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